quarta-feira, fevereiro 09, 2011

OS BENEFÍCIOS DE DAR FLORES

Ganhar flores faz com que as mulheres abram sorrisos sinceros e as mantêm (as mulheres, não as flores) mais bem-humoradas por até três dias; dar flores, seja a homens ou mulheres, estimula um comportamento mais agradável por parte do receptor; idosos que ganham flores não só melhoram o humor, como também a memória.
Essas são, em resumo, as conclusões do estudo An Environmental Approach to Positive Emotion: Flowers, que pode ser acessado aqui. O objetivo do trabalho, no entanto, é mais ambicioso que apenas medir os efeitos positivos de se receber um ramalhete inesperado — os autores queriam explorar a interação evolucionária entre flores e seres humanos.
Da mesma forma, por exemplo, que algumas plantas evoluíram meios de atrair insetos — que servem como fonte de alimento ou dispersadores de pólen — outras, diz o argumento, podem ter evoluído flores que despertam reações emocionais favoráveis em humanos e, com isso, conquistado a vantagem de seres cultivadas.
Mas, se flores e seres humanos evoluíram conjuntamente dessa forma — nós cuidando delas, elas nos oferecendo apoio emocional — será que a interação não pode acabar nos fazendo falta, neste mundo cada vez mais duro e urbanizado?
“Muito pouca pesquisa foi feita sobre os efeitos de se privar seres humanos de fontes de apoio emocional vindo de outras espécies. Humanos estão integrados num ambiente maior, sensorial e social, do que o ocupado apenas por sua própria espécie. Privar seres humanos do apoio emocional vindo de fora da espécie pode ser tão ruim para a adaptabilidade e sobrevivência humanas quanto a privação de qualquer outro recurso“, especula o artigo.
O que me faz ponderar três coisas. Primeiro, as fantásticas redes de competição e cooperação que a evolução tece, onde nenhum nicho ou recurso parece ficar inexplorado — onde o poder de alegrar pode se converter numa vantagem tão importante quanto o de alimentar. Segundo, que papel cães, gatos e passarinhos poderiam desempenhar nessa hipotética ecologia da saúde emocional humana.
A terceira coisa é um fala de Sherlock Holmes na aventura do Tratado Naval, publicada em 1893. Ali o detetive diz: “Todas as outras coisas, nossos poderes, nossos desejos, nossa comida, são realmente necessárias para nossa existência em primeiro lugar. Mas esta rosa é um extra. Seu perfume e sua cor são um enfeite da vida, não uma condição para ela”.
Talvez nem tanto, meu caro Holmes. Talvez nem tanto…
capturado (aqui) 06/02/2011

2 comentários:

Estrela disse...

Analice,

Oieee...

Vim retribuir a visita e lhe trazer flores p/ enfeitar a tua caminhada.

Gostei de muitas coisas aqui...rs..as fotos da Sé são lindas sou amante da fotografia, não conheço São Paulo mas tenho vonta de visitar os parques e museus devem ser lindos.

Os filmes: A cada o Lago e Desejo e Reparação tb assisti, recomendo o filme Orgulho e Preconceito puxa é lindo demais...rs.

Acho que vamos ter muitas coisas p/ conversar...rs..tb adoro ler.

bjus no coração (*_*) Jú - Juliana

Tenha uma linda noite!!

Analice disse...

Ola,

seja bem vinda...

amo muito cinema fotografia, na verdade tudo vinculado a arte,

e teremos mesmo muito o que conversar,

bjs